domingo, 28 de dezembro de 2008

DEZ ANOS DE CARREIRA – 1999/2009

O ano de 2009 terá um sabor especial em minha vida, pois, estarei completando 10 anos de carreira literária. Na verdade eu comecei a rabiscar uns versos em 1992, voltei a rascunhar umas palavras em 1997 mas só amadureci a idéia de que me identificava com a poesia em 1999, ocasião em que alcancei o que chamo de “liberdade poética”, começando a mostrar meus trabalhos para outras pessoas. Os poemas tinham uma forma amorosa, mais artística e em formato de mensagem. Existia ainda uma sensilbilidade muito forte, uma coisa de criança sentimental, talvez fruto da tranquilidade emocional que eu apresentava naquela fase. Em comemoração ao aniversário destas práticas poéticas estou publicando aqui no blog alguns trabalhos da época, que compõem meu livro “Pegadas”, ainda não editado. Um grande abraço e muito obrigado.


Baby


Baby, eu ando triste.
A vida tá correndo, passando
Tão rapidamente.
E eu, nessa ansiedade.


Baby, eu tô que tô
E não estou nada.
Um pouco assim, indeciso
E não vejo nada, e nem ninguém
Ao meu lado.


Baby, eu preciso muito
Olhar as estrelas.
O mar,
As crianças.


Baby, eu ando perdido.
Assim: Uma pilha de desejos.
Um poeta triste,
Mas ainda
Apaixonado pela vida.


Baby, eu ando pensando.
A minha vida é nada
O meu coração se perdeu
E eu ando triste.


Baby, eu preciso é ser feliz.


Belo Horizonte, 22/12/2001


O Caminho


A vida corre, o coração sente
A necessidade da alma suplica.
O meu coração fraco
Sobre espinhos caminha.


Alguma coisa em mim palpita
A energia do sonho acalma
E sucintamente explica
O meu querer.


Vejo luz onde há trevas
Vejo o inexplicável onde há segredo
Com carinho te espero
Por onde houver desejo.


Em parceria com o amigo Thiago Leite Guimarães e sob alto efeito de Red Label.
Belo Horizonte, 16 de novembro de 2002.


ALGUMAS ROSAS


Às vezes sou tão louco

Que vejo com olhos iluminados

Pequenas pétalas de rosas

Que não têm nenhuma beleza especial.


Às vezes sou cego

A ponto de não enxergar

Nenhuma beleza ou brilho

Na mais bela das flores.


Acredito então, que talvez

As rosas simples e velhas

Talvez sejam bem mais belas

Do que muitas outras rosas.


BH, março de 1999


A ARTE DE VIVER


A vida é pura arte.

Para quem é artista o suficiente

Para fazer dela

Sua principal escultura.


BH, abril de 1999


NADA DEMAIS


Não sou nada demais.

Apenas não penso

Como outros mais pensam

Sobre a vida terrestre.


Não tenho a solução,

Para os problemas do mundo.

Mas me destaco, entre eles

Simplesmente por entendê-los.


BH, março de 1999


NESTA TERRA


Aqui nesta terra eu plano,

Uma pequena semente.

Cujos frutos irei colher

Em outras terras

Mais distantes

E bem mais férteis.


BH, março de 1999


EU SEM VOCÊ


Chama sem cor

Jardim sem flor

De um lindo e imenso castelo

Vazio e sem vida.

Numa linda noite de luar,

Sem estrelas.


BH, março de 1999


MOMENTO ÚNICO


A serra ao fundo.

De repente um amigo me vem.

Um belo bem-te-vi, canta.

A canção da esperança.

Faz uma parceria,

Com uma linda cachoeira.

E a natureza faz

O papel da regência

Como se comandasse

Esta linda orquestra

Esnsaiada

Por Deus.


Congonhas, dezembro de 1999


UM ROSTO ALEGRE


Um rosto alegre

Como um entardecer na praia.

Um sorriso

De luz

Encanta,

O mais triste

Dos mortais.


BH, março de 1999


CONTRASTE

Um dia somos estrelas,

A brilhar

Neste céu

Hoje escuro e vazio,

Como um deserto negro.

Outro dia somos estrelas,

Apagadas no céu morto.


TALVEZ NÃO MAIS EXISTAM


Talvez não mais existam
Árvores e suas folhas,
Lagos e seus lindos peixes,
Pessoas sem dificuldades,
Homens sem crueldade,

Talvez não mais existam
Entardeceres felizes,
Praças intactas e suas matrizes,
Crianças sensíveis,
Casais completamente felizes,

Talvez não mais existam
Homens fiéis,
Amizades,
Domingos felizes nos parques.

Talvez não mais existam
Amores verdadeiros,
Corações apaixonados.
Mais talvez existam ainda,
Alguns amores,
Nunca antes vistos.





Um comentário:

Anônimo disse...

Gostei muito do poema Baby, muito bonito.

Beijos...