O ano de 2009 terá um sabor especial em minha vida, pois, estarei completando 10 anos de carreira literária. Na verdade eu comecei a rabiscar uns versos em 1992, voltei a rascunhar umas palavras em 1997 mas só amadureci a idéia de que me identificava com a poesia em 1999, ocasião em que alcancei o que chamo de “liberdade poética”, começando a mostrar meus trabalhos para outras pessoas. Os poemas tinham uma forma amorosa, mais artística e em formato de mensagem. Existia ainda uma sensilbilidade muito forte, uma coisa de criança sentimental, talvez fruto da tranquilidade emocional que eu apresentava naquela fase. Em comemoração ao aniversário destas práticas poéticas estou publicando aqui no blog alguns trabalhos da época, que compõem meu livro “Pegadas”, ainda não editado. Um grande abraço e muito obrigado.
Baby
Baby, eu ando triste.
A vida tá correndo, passando
Tão rapidamente.
E eu, nessa ansiedade.
Baby, eu tô que tô
E não estou nada.
Um pouco assim, indeciso
E não vejo nada, e nem ninguém
Ao meu lado.
Baby, eu preciso muito
Olhar as estrelas.
O mar,
As crianças.
Baby, eu ando perdido.
Assim: Uma pilha de desejos.
Um poeta triste,
Mas ainda
Apaixonado pela vida.
Baby, eu ando pensando.
A minha vida é nada
O meu coração se perdeu
E eu ando triste.
Baby, eu preciso é ser feliz.
Belo Horizonte, 22/12/2001
O Caminho
A vida corre, o coração sente
A necessidade da alma suplica.
O meu coração fraco
Sobre espinhos caminha.
Alguma coisa em mim palpita
A energia do sonho acalma
E sucintamente explica
O meu querer.
Vejo luz onde há trevas
Vejo o inexplicável onde há segredo
Com carinho te espero
Por onde houver desejo.
Em parceria com o amigo Thiago Leite Guimarães e sob alto efeito de Red Label.
Belo Horizonte, 16 de novembro de 2002.
ALGUMAS ROSAS
Às vezes sou tão louco
Que vejo com olhos iluminados
Pequenas pétalas de rosas
Que não têm nenhuma beleza especial.
Às vezes sou cego
A ponto de não enxergar
Nenhuma beleza ou brilho
Na mais bela das flores.
Acredito então, que talvez
As rosas simples e velhas
Talvez sejam bem mais belas
Do que muitas outras rosas.
BH, março de 1999
A ARTE DE VIVER
A vida é pura arte.
Para quem é artista o suficiente
Para fazer dela
Sua principal escultura.
BH, abril de 1999
NADA DEMAIS
Não sou nada demais.
Apenas não penso
Como outros mais pensam
Sobre a vida terrestre.
Não tenho a solução,
Para os problemas do mundo.
Mas me destaco, entre eles
Simplesmente por entendê-los.
BH, março de 1999
NESTA TERRA
Aqui nesta terra eu plano,
Uma pequena semente.
Cujos frutos irei colher
Em outras terras
Mais distantes
E bem mais férteis.
BH, março de 1999
EU SEM VOCÊ
Chama sem cor
Jardim sem flor
De um lindo e imenso castelo
Vazio e sem vida.
Numa linda noite de luar,
Sem estrelas.
BH, março de 1999
MOMENTO ÚNICO
A serra ao fundo.
De repente um amigo me vem.
Um belo bem-te-vi, canta.
A canção da esperança.
Faz uma parceria,
Com uma linda cachoeira.
E a natureza faz
O papel da regência
Como se comandasse
Esta linda orquestra
Esnsaiada
Por Deus.
Congonhas, dezembro de 1999
UM ROSTO ALEGRE
Um rosto alegre
Como um entardecer na praia.
Um sorriso
De luz
Encanta,
O mais triste
Dos mortais.
BH, março de 1999
CONTRASTE
Um dia somos estrelas,
A brilhar
Neste céu
Hoje escuro e vazio,
Como um deserto negro.
Outro dia somos estrelas,
Apagadas no céu morto.
TALVEZ NÃO MAIS EXISTAM
Árvores e suas folhas,
Lagos e seus lindos peixes,
Pessoas sem dificuldades,
Homens sem crueldade,
Talvez não mais existam
Entardeceres felizes,
Praças intactas e suas matrizes,
Crianças sensíveis,
Casais completamente felizes,
Talvez não mais existam
Homens fiéis,
Amizades,
Domingos felizes nos parques.
Talvez não mais existam
Amores verdadeiros,
Corações apaixonados.
Mais talvez existam ainda,
Alguns amores,
Nunca antes vistos.
Um comentário:
Gostei muito do poema Baby, muito bonito.
Beijos...
Postar um comentário