“GENTILEZA GERA GENTILEZA”
”A campanha que acontece no Rio já conta com a adesão de shoppings, restaurantes, bares, grifes e hotéis. Consiste em divulgar por todos os cantos da cidade a célebre frase do profeta Gentileza”.
A Cidade do Rio de Janeiro, que no último sábado completou 443 anos, está abraçando uma causa muito justa e bastante necessária nos últimos tempos. Trata-se de uma campanha que busca promover o sentimento fraterno entre as pessoas daquela cidade. A iniciativa é boa, mas vale lembrar que a falta de gentileza está presente em todas as capitais. O Rio possui uma série de defeitos como toda e qualquer cidade grande, mas posso garantir que simpatia sempre foi coisa abundante naquele lugar abençoado por Deus.
Na semana passada presenciei um exemplo de falta de generosidade para com o próximo aqui mesmo, em Belo Horizonte.Viajava em um coletivo quando algumas pessoas deram sinal fora do ponto, pois o veículo havia acabado de sair do final. As pessoas entraram sorridentes, mas a mesma atitude não foi tomada pelo cobrador, que descarregou sua ira sobre as tais pessoas, como se estivesse aproveitado daquele momento para extravasar toda sua indignação, talvez por estar ali trabalhando naquela função ou por qualquer outro motivo. Seja lá qual for, não apresenta nenhuma justificativa plausível para tal atitude. Faltaram-lhe gentileza, noções humanitárias e raciocínio, uma vez que a BHTRANS já deveria ter instalado um ponto no local onde as pessoas embarcaram, e também porque o ônibus estava atrasado. Confesso que tive um dia muito ruim ao perceber que as pessoas estão cada vez mais desumanas, e que ao mesmo tempo em que temos a nossa volta pessoas muito simpáticas, também temos algumas bem ignorantes.
A campanha que acontece no Rio já conta com a adesão de shoppings, restaurantes, bares, grifes e hotéis. Consiste em divulgar por todos os cantos da cidade a célebre frase do profeta Gentileza, “Gentileza Gera Gentileza”.
José Datrino, um paulista nascido em 1917, mudou-se para o Rio de Janeiro aos 20 anos de idade. Na cidade maravilhosa casou-se e teve cinco filhos. Segundo informações sobre sua vida, o apelido de profeta Gentileza surgiu na época do incêndio do Gran Circus Norte-Americano em Niterói, em dezembro de 1961, que matou 500 pessoas. Alguns dias após a tragédia ele teria ouvido vozes que o recomendaram a se dedicar à vida espiritual. Plantou então um jardim no local do incêndio e transformou-se no Profeta Gentileza. Na década de 70 passou a circular pelas ruas do Rio vestindo uma túnica branca, sempre pregando palavras de amor, bondade e solidariedade. Na década de 80 preencheu com algumas inscrições o Viaduto do Caju, sempre com a marca registrada “Gentileza Gera Gentileza”. O profeta faleceu em 1996.
Histórias como a de José Datrino nos mostram o quanto é possível viver num mundo mais humano e solidário. A gentileza deve estar presente em todos os momentos, em todos os lugares, independente de nosso estado de espírito. Um mundo com energia positiva nos trás maior força, e certamente prazer na vida.
Vivemos todos numa sociedade onde coisas ruins acontecem a todo o momento, portanto devemos fazer nossa parte em busca de dias melhores e mais felizes.
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